O Cotidiano
- leonardomantova
- 10 de fev.
- 2 min de leitura

Qual é a primeira coisa que fazemos quando acordamos? Na maioria das vezes a primeira coisa que fazemos é olhar o celular. As vezes acordamos no meio da noite para beber água e olhamos o celular. Olhamos o celular antes mesmo de lavarmos o rosto quando acordamos de manhã para ir trabalhar! Carregamos toda a nossa vida dentro dele, todas as nossas informações estão ali, fotos, dados bancários, senhas, contatos. O celular tem muito mais utilidade do que apenas fazer ligações, serve como cartão de banco, maquininha de cartão, caderno, rádio, jornal, TV, leitor de código de barras, cardápio, médico, dentista, professor, controle de estoque, ferramenta de vendas e por aí vai. O celular serve para praticamente tudo e nos conecta com qualquer parte do mundo! Não temos como negar, o celular é indispensável em nossas vidas. Aí um belo dia nos esquecemos que estamos com o celular no bolso de trás da calça, sentamos e o celular quebra. Vamos usar o banheiro com o celular na mão e ele cai dentro do vaso sanitário. Nosso filho deixa o celular cair, trinca a tela e para de funcionar. Alguém clona nosso celular e perdermos todos os nossos dados. Em qualquer que seja a situação, de repente ficamos sem nosso celular e perdemos todos os nossos dados! Essa é uma situação inesperada, não sabemos quando irá acontecer, simplesmente acontece. Não estamos preparados para isso. Perdemos nosso celular e todos os nossos dados de uma hora para outra. Já aconteceu com você? Como você se sentiu? Já aconteceu comigo. A primeira sensação que tive foi de desespero. Fiquei desesperado porque meu celular estragou e porque perdi todos meus dados. A segunda sensação foi de luto. Fiquei bem triste. E a terceira sensação foi de alívio. Isso mesmo, alívio! Me senti leve, percebi que o mundo não acaba quando o celular quebra. Claro que não poderia ser diferente, senti falta de muita coisa, de muita informação e me deu um pouco de trabalho para me organizar. Mas o mundo não acabou, não morri, não aconteceu nada que eu não pudesse resolver sem o celular. E foi passando por essa situação que me dei conta do alívio que é saber que não sou tão refém do celular como eu pensava que era e que o celular não é tão indispensável como eu pensava que fosse.
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